Prisão de ventre feminina

Prisão de ventre feminina

A constipação, também conhecida como prisão de ventre, é resultado de uma movimentação intestinal baixa e fraca. Antes de tudo é preciso distinguir o problema de características particulares. Pessoas não evacuam com a mesma frequência, e isso é natural. Evite ouvir opiniões leigas sobre a frequência de evacuação e, acima de tudo, não utilize laxantes ou facilitadores sem necessidade e orientação médica.

No geral, para entender que se trata de um problema, a frequência deve estar igual ou abaixo de três vezes por semana, acompanhada de fezes de aspecto endurecido, que provocam esforço e/dor para serem evacuadas. É comum também permanecer com uma sensação de evacuação incompleta. E mesmo diante dessas circunstâncias, é preciso determinar se é um evento isolado. Constipação só é considerada crônica partir do terceiro mês do problema.

Existem inúmeros motivos que podem provocar a constipação no público em geral, incluindo bloqueios no cólon (intestino grosso) ou no reto, fissura anal, tumores ou alterações nos nervos do cólon ou do reto, ou condições hormonais anormais, como o hipotireoidismo.

Apesar de ser um problema que pode afetar qualquer um, mulheres são conhecidas por sofrerem mais com a prisão de ventre do que outros grupos. Existem muitos motivos para isso. Entre algumas hipóteses consideradas sobre o assunto, algumas apontam para a fragilidade dos músculos pélvicos femininos, que podem sofrer danos decorrentes de partos e intervenções cirúrgicas ginecológicas.

Alterações hormonais também estão diretamente ligadas ao problema, durante todo o percurso da vida – em particular em períodos de menstruação, já que os hormônios sexuais femininos influenciam os movimentos peristálticos do intestino grosso, e após a menopausa, quando a queda nessa produção hormonal afeta novamente o funcionamento do órgão, além de provocar o ressecamento.

Durante o período da gestação, é comum também muitas mulheres experimentarem a prisão de ventre. Entre outras razões, que incluem hidratação e alimentação inadequada e sedentarismo, os hormônios também desempenham um papel: o aumento dos níveis de progesterona diminui o trânsito intestinal, propiciando a constipação.

Além desses fatores biológicos, é preciso apontar também fatores sociológicos e comportamentais. Existe um constrangimento entre muitas pessoas que precisam realizar funções biológicas fora de casa, mas esse constrangimento é particularmente maior entre as mulheres, sobre quem existe uma pressão social de ordem comportamental e estética para que não se faça e não se fale sobre essas coisas.

Tal tipo de argumento deve ser completamente ignorado. O corpo humano não respeita ordens sociais. Se ele exige a evacuação, dentro das possibilidades, isso deve ser atendido. Não evacuar por muito tempo pode provocar problemas de saúde sérios, que incluem tanto a constipação como problemas decorrentes ainda mais sérios, e o mínimo que se pode esperar de pessoas civilizadas é a compreensão disso.

Em caso de maiores dúvidas, entre em contato com o Instituto Feminina e agende sua consulta com um de nossos especialistas.