Parto humanizado: por que cada vez mais mulheres escolhem dar à luz dessa forma?

Parto humanizado: por que cada vez mais mulheres escolhem dar à luz dessa forma?

O parto humanizado se tornou uma expressão bastante popular entre as gestantes hoje em dia. No entanto, isso nem sempre foi assim. E mesmo hoje, ainda não são todos os lugares que praticam esse conceito. Para se ter uma ideia, a Clínica Feminina foi pioneira na aplicação dessa filosofia já nos anos 90, realizando inclusive publicações acadêmicas para disseminar a importância dessa perspectiva, e desde então assinamos milhares de partos assim.

Mas afinal, o que é o parto humanizado?

Apesar do nome relacionado ao parto, trata-se mais de uma filosofia, uma mudança de atitude por parte dos profissionais médicos do que algum aspecto técnico em si. O parto humanizado busca valorizar as características genuinamente típicas e naturais do ser humano, para ajudar a mulher nesse momento tão único de sua vida.

São, no geral, pequenas atitudes, mas que fazem toda a diferença para ela, a família e o bebê. O parto humanizado busca entender que a mulher possui uma inserção sócio-cultural que precisa ser valorizada e respeitada, pois, no momento do parto, ela é um indivíduo único, com particularidades e necessidades que competem apenas a ela, e que precisam ser observadas pela equipe.

Esta precisa entender que, no momento do parto, quem assume o protagonismo é a mãe e o bebê. Os profissionais estão ali apenas para colaborar na transição para que ela seja a mais suave e natural possível, além de auxiliar em caso de necessidade. Durante o nascimento, cabe ao médico, equipe auxiliar e às regras hospitalares reservar-se ao papel de preservar ao máximo o bem-estar desta família que está surgindo.

De fato, o parto humanizado se trata de algo tão complexo. Trata-se apenas de entender que o parto não é um procedimento cirúrgico qualquer, e respeitar esse aspecto. Enquanto passa por esse processo – não apenas durante o parto em si, mas durante toda a gestação – a mulher está sujeita a um enorme fluxo de emoções intensas e alterações drásticas no funcionamento do seu corpo.

Por isso, desde o pré-natal até o momento do nascimento, o parto humanizado consiste em tranquilizar, acolher e oferecer assistência e afeto para a gestante e para o bebê, entendendo que se trata de um momento incomparável. Isso exige não apenas preparo técnico, mas também alteridade e empatia por parte de todos ao redor da gestante, incluindo os profissionais médicos.

Na prática, essas pequenas atitudes se revelam em coisas simples, mas que por muito tempo não foram o padrão dentro de hospitais. Hoje se sabe, por exemplo, que permitir que uma mãe tenha contato com a criança logo após o nascimento constitui a formação de um vínculo psíquico e emocional importantíssimo. Privá-la desse momento de forma desnecessária – ou seja, caso as condições de saúde da mãe e do bebê permitam – portanto, já constitui uma forma de violência obstétrica.

Essa reflexão se aplica também a cesárea. Embora o parto natural sempre seja a primeira opção, privar a gestante da possibilidade de uma cesárea, por exemplo, ou de outras ações médicas que talvez sejam necessárias, como a internação em uma UTI, uma transfusão de sangue, etc., também constituem formas de violência obstétrica e parto desumanizado.

No parto humanizado, o ambiente se torna favorável para toda a família e o bebê. Isso se reflete em ações simples, como a escolha do acompanhante da paciente, da posição em que o parto será realizado, etc. Mesmo na cesárea, a maneira como a paciente é conduzida para a sala de procedimento gera um estresse, e, portanto, essa condução precisa ser feita com acolhimento e carinho.

Portanto, a humanização do parto implica, sim, em recursos técnicos adequados para o caso, na justa medida, mas também como um comportamento acolhedor e respeitoso da equipe médica.Independente da vida de nascimento, a mulher recebe assistência digna e é respeitada como ser humano, durante o pré-natal e durante o parto, que traz uma grande profusão de emoções intensas (dificuldades, traumas, sentimentos de regozijo e jubilo).

Quando essas particularidades individuais são percebidas e respeitadas, é possível realizar um parto humanizado, independente da via escolhida.

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